Categoria demonstra força na Câmara e prefeita sofre duras críticas

Noite de segunda-feira (07/03) – 4º dia de greve

Na noite da segunda-feira, a categoria se encontrou em ato na Câmara de Vereadores de São José, buscando dialogar e pressionar os vereadores da cidade a respeito dos projetos de lei que possibilitam benefícios à categoria.

Aqui é importante ressaltar: são benefícios, mas não são presentes! Foi a forte greve de 2015 que conquistou avanços na negociação, incluindo o aumento da regência e a incorporação de adicional de pós-graduação.

No entanto, a prefeita Adeliana Dal Pont traiu o Acordo de 2015: chegou a encaminhar os projetos de lei atrelados ao limite prudencial de gastos do município, ao contrário do combinado, mas depois retirou de pauta quando seriam aprovados sem essa cláusula! Seu objetivo é muito claro: impossibilitar os benefícios sob a desculpa da responsabilidade fiscal do município. Enquanto isso, novos cargos comissionados são sancionados, expondo a farsa do argumento financeiro da Prefeitura de São José.

Agora, com a greve deflagrada, os projetos de lei voltam a tramitar vinculados ao limite prudencial e sem elementos básicos, como a previsão de gastos adicionais à folha do município. Dessa forma, a prefeita tenta enrolar a tramitação até abril, quando novos benfícios não podem mais ser concedidos por conta da lei eleitoral.

A forte presença da categoria na Câmara pressionou os vereadores a denunciar a manobra da prefeita, que foi duramente cobrada na fala de muitos vereadores. O momento mais quente foi durante a fala do Vereador Sanderson de Jesus (PMDB), que chamou a prefeita de mentirosa e foi repreendido de maneira vergonhosa pelo Presidente da Casa, vereador Orvino Coelho de Ávila (PSD). A sessão chegou a ser suspendida por 5 minutos, sob vaias da categoria.

O vereador Adriano De Brito (PR) convocou os demais vereadores a assinarem uma emenda nos projetos de lei, retirando a vinculação ao limite prudencial, conforme foi o Acordo de Greve 2015. Com duas sessões ordinárias por semana, o medo é que a tramitação demore demais e perca o prazo limite.

A postura dos vereadores que defenderam a greve não pode ser vista de maneira ingênua. Muitos são ligados às antigas prefeituras da cidade, com seu próprio histórico de ataques ao serviço público. Porém, precisamos saber que é a nossa mobilização que empurra os vereadores na necessária pressão para votar os projetos. As conquistas não cairão de cima, elas só saem com a nossa força!

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