FOTOS: Ato na Prefeitura, marcha e vigília na CMSJ – 23/03

“ADELI” PAGA TODO MUNDO!
Eu quero os meus 11%, porque esse 8% é vagabundo!

Na quarta (23), servidoras e servidores em greve fizeram ato em frente à Prefeitura exigindo nova proposta que contemple a reposição salarial completa – Adeliana segue dizendo que a Prefeitura não tem dinheiro.

O destaque do dia foram as paródias criadas pelas servidoras, que animaram a categoria e fizeram a marcha mais barulhenta e divertida desde o início da greve.

Após às 18h, fomos em marcha à Câmara Municipal de São José pressionar a votação dos projetos de lei com conquistas da categoria.

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Sem avanço na proposta, categoria faz acampamento permanente em frente à Prefeitura

Quinta-feira (17/03) – 12º dia de greve

O ato da quarta-feira trouxe mais um momento emocionante da luta. Após marcar presença em frente à Prefeitura, a categoria caminhou até a Câmara de Vereadores de São José para acompanhar a sessão onde tramitam projetos de lei referentes às conquistas da greve de 2015.

Ao chegar na Câmara, boa parte do plenário já se encontrava ocupado por servidores comissionados, com o objetivo de impedir a pressão da categoria em luta. As servidoras e servidores não se intimidaram e lotaram cada espaço remanescente, criando um forte clima de pressão com a presença das faixas. Dezenas ainda ficaram do lado de fora, aplaudindo e vaiando pelas janelas.

Na sessão, é visto que a Prefeitura propusera um veto parcial no projeto de lei referente às 30 horas de servidores da assistência social, uma das pautas da categoria.

Após duras críticas feitas à prefeita pela falta de diálogo e valorização do funcionalismo, a bancada de oposição propõe uma saída coletiva da sessão que impediu o quórum na votação, deixando os líderes de governo falando sozinhos e sem opção, a não ser cancelar a sessão sem votação. A categoria, que ainda vinha tímida nos atos, empolgou vários cantos: “Servidor na rua, Adeliana a culpa é sua!”

Hoje, a categoria se reuniu para nova assembleia geral esperando uma proposta melhor que a provocação oferecida anteriormente por Adeliana. A oferta de apenas 6% de reposição, parcelados entre maio e outubro, serviu apenas para incluir novas unidades na greve. Ao menos 5 novos locais de trabalho se apresentaram, aderindo à mobilização por conta da proposta ultrajante.

O novo ofício enviado pela Prefeitura não tinha nada de novo: repetiu a oferta de reposição bem abaixo do INPC, alegando a falta de repasses de verba. No entanto, Adeliana não deu nenhuma palavra sobre a situação da Palhoça, onde houve reposição completa da inflação. Dá pra acreditar que o município tá quebrado? Mesmo com o número crescente de comissionados?

A proposta trazida pelo Comando de Greve foi aceita de forma unânime pela assembleia: manter a greve e acampar em frente à Prefeitura até que as demandas sejam atendidas! A categoria se dirigiu em peso ao local após a assembeia. Nesse momento, às 23h, há algumas barracas e dezenas de pessoas em frente à Prefeitura. É cerco fechado na Adeliana!

Só depende da prefeita evitar que o aniversário da cidade seja manchado dessa forma. Será que o presente para a cidade é deixar professoras, assistentes sociais, enfermeiras e guardas municipais dormindo no chão duro e no relento?

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Sem proposta da Prefeitura, greve continua e lança campanha #NegociaAdeliana

Sexta-feira (11/03) – 8º dia de greve

Cerca de 500 trabalhadoras e trabalhadores municipais de São José encheram nesta tarde o Clube Primeiro de Junho para nova Assembleia Geral da categoria, que está em greve desde o dia 02 de março de 2016.

A prefeita Adeliana (PSD) segue mantendo a categoria em banho maria, sem apresentar qualquer proposta de reposição salarial frente a inflação que ultrapassa os 11%. A aposta do Executivo na desmobilização da categoria é uma provocação arriscada, especialmente agora que a prefeita se lança como candidata a reeleição.

Sem qualquer proposta para avaliar, a assembleia não teve outra escolha a não ser manter a greve geral e fortalecer o trabalho com a categoria e o diálogo com a população. A próxima semana é decisiva: atos descentralizados pela cidade já começam cedo na segunda-feira, além do carro de som pela cidade expondo as mentiras da prefeita.

Enquanto isso, a frente jurídica conseguiu montar um bom caso mostrando que não havia negociação e que a greve é legítima. O desembargador, que havia concedido a liminar, concordou em mediar a reunião de negociação com a Prefeitura de São José. Além disso, a Câmara de Vereadores se dispôs a sentar junto à categoria para buscar soluções.

O cerco se fecha contra a intransigência da prefeita. Depende da pressão da categoria, na próxima semana, que a situação se torne politicamente insustentável para Adeliana.

Após a assembleia, a categoria seguiu em ato silencioso até a Prefeitura, onde subimos até o Gabinete da Prefeita, protagonizando um dos momentos mais emocionantes da greve.

Apesar da violência com que a greve de Florianópolis foi recebida no dia anterior, com muito spray de pimenta a mando de Cesar Souza Júnior, São José não se intimidou e foi pessoalmente repassar a decisão da assembleia. Após um pronunciamento em frente ao Gabinete, a categoria rompeu o silêncio para soltar o que estava preso na garganta: dois sonoros gritos de #NegociaAdeliana!!!

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Ato da mordaça em frente à Prefeitura

Quinta-feira (10/03) – 7º dia de greve

Após uma semana com ações descentralizadas nos bairros e um ato unitário com a categoria de Florianópolis, a categoria em greve do funcionalismo público de São José voltou à frente da Prefeitura da Adeliana Dal Pont (PSD). Cerca de 200 pessoas estiveram presentes, a maioria vestida de preto e carregando as simbólicas mordaças.

A ação foi motivada pelas tentativas da Adeliana em conseguir uma decisão pela ilegalidade da greve, assim como a tentativa de impedir os atos de se aproximar da Prefeitura de São José. Quem antes dizia que iria valorizar o servidor, agora não quer deixar a categoria nem chegar perto para cobrar seus direitos!

A categoria passou o recado de que não vai ser calada tão facilmente, com direito a um “deitaço”, minuto de silêncio e cantos de mobilização! Uma menção especial às trabalhadoras do CEM Profª Maria Iracema Martins de Andrade – Barreirão, que se mobilizaram junto a pais e estudantes para produzir belas faixas de luta e também um documento pressionando a Prefeitura a negociar. São essas ações da base que dão ânimo e vitalidade para a greve!

O encontro também serviu para passar informes e notícias sobre a luta. Uma das mais sérias é a respeito da demissão de mais de 150 trabalhadoras dos serviços gerais ligadas à Prefeitura. O Sintram SJ informou que esteve em negociação para garantir o emprego das trabalhadoras, que precisam negociar com a terceirizada Khronos para manter os postos de trabalho.

Além da posição de defesa de concurso público e direitos para todas as funções, é necessário aproveitar esse momento de nossa mobilização para demonstrar solidariedade com as companheiras e companheiros, ameaçados pelas relações abusivas do trabalho terceirizado!

Outros informes falaram sobre a vergonha do processo de formação de professores, que está sendo precarizado. Por conta de dívidas com os facilitadores do ano passado, a Secretaria de Educação propõe nova formação em 2016 com síntese de textos e sem especialistas no tema.

Na Câmara de Vereadores, segue o processo de angariar adesões à emenda que retira o vínculo dos benefícios ao limite prudencial. Por enquanto, 6 dos 13 vereadores assinaram. Além da emenda, será necessária pautarmos reuniões extraordinárias para avançar a votação, lembrando da data limite em abril para mexer na folha do município.

Político é que nem feijão: só funciona na pressão!

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O teatro na Prefeitura e a Prefeitura do teatro

Sexta-feira (04/03) – 3º dia de greve

A sexta-feira foi o dia em que a greve conseguiu mostrar força e adesão. Após uma caminhada com menor participação na quinta, mais de 200 servidoras lotaram as escadarias da Prefeitura de São José para um ato de pressão e uma atividade irreverente: o júri popular sobre a prefeita Adeliana Dal Pont (PSD).

A peça, que contou com a direção do Sintram SJ no elenco e com diversos relatos de trabalhadoras(es) da base, conseguiu divulgar informações sobre a situação do município rompendo com o modelo cansativo dos enormes informes no microfone.

Com o direito à palavra deferido pelo juiz da peça, várias trabalhadoras testemunharam as péssimas condições de trabalho em postos de saúde sem gaze, agentes de saúde na rua sem proteção solar, escolas infantis sem acessibilidade para crianças portadoras de necessidades especiais, dezenas de professores dividindo um computador na sua hora-atividade.

Ir além da pauta salarial é fundamental para o sucesso da greve, na medida em que as trabalhadoras consigam dialogar com o povo para mostrar que é momento de defender os próprios serviços públicos e não apenas nós, profissionais.

Nosso cenário da peça – por ironia mas não por acaso – era em si enganoso. A bela vista da sede da Prefeitura, na Beira-Mar, indica a realidade distorcida em que pisa a prefeita Adeliana. É de longe das palmeiras, plantadas artificialmente em frente à Prefeitura, que vêm as trabalhadoras com suas experiências e lutas: salas quentes e lotadas em Forquilhinhas, CEIs sem espaço de lazer em Bela Vista, postos de saúde sem produtos básicos no Zanellato, agentes de saúde com desvio de função em Barreiros…

Fizemos nossa peça, mas o verdadeiro teatro vem sendo feito pela prefeita Adeliana, quando não pisa fora do ar condicionado pra ver a sitação da cidade, mas diz para a imprensa que valoriza o servidor!

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